sábado, 10 de janeiro de 2015

Confusão

Meu texto anterior - "Je ne suis pas Charlie" - foi compartilhado por muitas pessoas no facebook, tendo sido modificado por alguns. Cortaram parte do último parágrafo, acrescentaram algumas linhas sobre o STF, o PT e o PSDB... O pior é que o grande Leonardo Boff acabou recebendo uma dessas versões modificadas, e publicou em seu blog dando créditos à outra pessoa. Já entrei em contato com ele e a situação já foi corrigida, mas gostaria de deixar claro que fui eu mesmo quem escreveu o texto, não copiei nenhuma linha dele de nenhum outro autor. Meu texto foi publicado na quinta-feira, o compartilhamento que Leonardo Boff (ou alguém da equipe dele) pensou ser o original é de sexta-feira. 
Não me oponho à livre circulação desse texto, já autorizando inclusive sua tradução para qualquer idioma (algumas pessoas me pediram). Só peço para que ele não seja modificado ou editado e para que seja creditada a autoria. Se puderem me avisar se forem republicá-lo, me dando o link da página, seria ótimo. Obrigado a todos e me perdoem por toda essa confusão. 

13 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Meu caro, o Leonardo Boff te respondeu lá no site dele que corrigiu as interferências pessoais plantadas no seu texto que replicou no site, mas ele mentiu descaradamente, pois todos os textos modificados ainda estão lá. Veja abaixo, acabei de copiar todos nesse momento:

    "Mas eu queria que eles evoluíssem, que mudassem… Ainda estou constrangido pelos atentados à verdade, à boa imprensa, à honestidade, que a revista Veja, a Globo e outros veículos da imprensa brasileira promoveram nesta última eleição."

    "As charges polêmicas do Charlie Hebdo, como os comentários políticos de colunistas da Veja, são de péssimo gosto, mas isso não está em questão. O fato é que elas são perigosas, criminosas até, por dois motivos."

    "Os tribunais franceses, famosos há mais de um século pela xenofobia e intolerância (ver Caso Dreyfus), como o STF no Brasil, que foi parcial nas decisões nas últimas eleições e no julgar com dois pessoas e duas medidas caos de corrupção de políticos do PSDB ou do PT, deram ganho de causa para a revista."

    "Bastava que a justiça tivesse punido a Charlie Hebdo no primeiro excesso, assim como deveria/deve punir a Veja por suas mentiras. Traçasse uma linha dizendo: “Desse ponto vocês não devem passar”."

    Lastimável essa atitude de de interferirem em seu texto, manipulando a opinião de quem o lê, e pior essa postura do Boff de mentir descaradamente e manter as interferências intactas!
    Mas o que também me chamou a atenção e me causou indignação e estranheza, é que mesmo ele tomando conhecimento do nome do autor do texto à posteriori, ele não citar a autoria real, e insistir na versão "de um padre que é teólogo e historiador". Você é realmente um padre e historiador?
    Deprimente!

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    1. O Leonardo Boff fez uma postagem contendo só o texto original, sem edições, e contou sobre a trapalhada na introdução dele. Ele apenas não apagou o post original, que tinha essas frases modificando o texto e creditando ao outro padre (talvez para que não percam a referência, já que o primeiro texto, editado, se popularizou e foi linkado em diversos lugares). As duas versões - a do texto modificado e a do texto limpo, dando créditos ao Rafael - estão postadas no blog dele.

      https://leonardoboff.wordpress.com/2015/01/10/eu-nao-sou-charlie-je-ne-suis-pas-charlie-pe-antonio-piber/
      https://leonardoboff.wordpress.com/2015/01/10/je-ne-suis-pas-charlie-el-rafo-saldanha-verdadeiro-autor/

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  3. Olá amigo, eu ia te perguntar isso mesmo, pq achei seu texto excelente e hoje vi a versão do Boff, editada (um absurdo). Não está corrigida não, veja só: http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/166167/Leonardo-Boff-'eu-tamb%C3%A9m-n%C3%A3o-sou-Charlie'.htm. Entre em contato com eles, por favor. O seu texto é muito melhor que qualquer versão! abs.

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  4. Este post do sr. LBoff é um absurdo de manipulação...
    Primeiro, publica-se um texto dizendo ser de um “ de um padre que é teólogo e historiador e conhece bem a situação da França atual” SEM CITAR o nome do tal padre... isto faz parecer que ele era o autor do texto, como podemos notar nos comentários, afinal o sr. Leonardo Boff também é padre e teólogo. Há diversas referências na WEB ao “texto de Leonardo Boff”...
    Depois, vemos nos comentários do post original posicionamentos do VERDADEIRO AUTOR – Rafael Saldanha, “brasileiro e não sou padre, sou um professor (formado em jornalismo) de 33 anos”, segundo ele mesmo.
    Num destes comentários, ele explica que seu texto não “não tem nada de STF, Mensalão, PT ou PSDB “ e pede a correção. Depois, vemos outras pessoas postando comentários sobre a fonte verdadeira, ao que LBoff parece responder meio a contragosto... “a fonte original já está em seu post”... Só então, sabe-se lá depois de quanta pressão, ele fez um post corrigindo para o autor original... com o texto original, sem referências à uma manipulação contra a esquerda, implícitas em seu post original com o texto alterado...
    Detalhe: os textos alterados não foram retirados do blog, podendo ser acessados por qualquer um, dando margem a conclusões erradas...
    Por estas e outras o Leonardo Boff tem tanta credibilidade quanto o sr, Diogo Mainardi: ambos manipulam opiniões de acordo com seus interesses, apresentando meias verdades como justificativas às suas tendenciosas conclusões. A diferença está apenas em seus objetivos e posicionamento político, radicalmente opostos. Mas sua ética e seus instrumentos são rigorosamente os mesmos.
    Sugiro leitura do texto original, com pequenas alterações mas que se tornam importantes ao tornarem a linha de raciocínio mais consistente.
    http://emtomdemimimi.blogspot.com.br/2015/01/je-ne-suis-pas-charlie.html
    O final do texto original de Saldanha, totalmente destorcido no post de LBoff, é marcante:
    “Por isso tudo, apesar de lamentar e repudiar o ato bárbaro de ontem, eu não sou Charlie. No twitter, um movimento – muito menor do que o #JeSuisCharlie – começa a surgir. Ele fala do policial, muçulmano, que morreu defendendo a “liberdade de expressão” para os cartunistas do Charlie Hebdo ofenderem-no. Ele representa a enorme maioria da comunidade islâmica, que mesmo sofrendo ataques dos cartunistas franceses, mesmo sofrendo o ódio diário dos xenófobos e islamófobos, repudiaram o ataque. Je ne suis pas Charlie. Je suis Ahmed.”

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  5. Por que o meu comentário não saiu????

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Vi o seu comentário no Blog do Leonardo Boff falando sobre o seu texto "Je ne suis pas Charlie".. Respondi. Mas ainda não o consegui visualizar..
    Bom, mas aí vai o que escrevi:

    Rafael Saldanha, isto não é uma questão de vaidade; mas sim, de direito! Você é o autor! Ponto. E como autor, deve sim, exigir que o seu texto seja reconhecido e retificado. E a propósito, eu ainda não vi o Sr. Leonardo Boff retificar e tampouco, pedir desculpas pela sua falha... Apenas, em letras diminutas, e num local sem nenhuma visibilidade, fez a correção. E eu só pude ver, por já estar a par da situação e pela paciência na procura...
    Por uma questão moral e ética, a falha tem que ser retificada e a autoria reintegrada.

    Eliane Yachouh Abrão, no excelente artigo “O que é e o que não é Direito Autoral”, diz:
    “A Internet não representa nenhuma mudança nos direitos autorais: todo livro, toda melodia, todo poema, toda obra, enfim, que todo mundo sabe que foi feita por outro que não você, que tem dono, tem de ser usada com respeito ao conteúdo e à integridade, e se o dono o consentir.
    O que é respeitar? É não modificar a obra, nem fazer modificações que alterem o pensamento de seu criador, quando se utilizar da obra em nome dele. É, também, não usar ou comercializar nada que não lhe pertença, sem pedir a devida e necessária autorização da pessoa física que a criou, ou da jurídica que adquiriu por contrato a condição de autor (o que, juridicamente, se chama de titularidade).
    “A regra vale para qualquer mídia, e a Internet é só mais uma (nova) mídia.”

    Bom dia,
    Mara Thiers*

    *Ah, o seu texto não foi retificado. Continua na mesma. Acho um absurdo!
    Você é o verdadeiro autor; e como autor, só você pode fazer qualquer tipo de alteração. Não compete a NINGUÉM esse feito.

    “Poesias, Textos, poemas etc. não são órfãos! VAMOS RESPEITAR OS ESCRITORES!”

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  8. Valeu seu comentário Bruno, sou da mesma opinião, o texto do El Rafo Saldanã além de bem escrito,mostrou uma outra maneira de pensar o ocorrido, e isso valeu demais, nos fez refletir, questionar, alguns refutaram, muitos acataram, mas além de tudo, movimentou as pessoas, se não refletiram, ao menos leram algo diferente e muito coerente. Opinião inteligente e bem escrita é sempre admirada por pessoas que sentem falta de algo parecido no espaço virtual.
    Existem pessoas que tem o intuito apenas de criticar por criticar, tanto que insistiram em afirmar que o texto não era seu Saldanã, mesmo você digitando todos os desmentidos e provando ser o autor do texto,mas aqueles que não têm interesse de lhe dar crédito, vão continuar insistindo naquilo que não é óbvio. Texto claro, ótima visão, sem impôr idéias e sim mostrar que uma nova forma de pensar e acabar com esse histerismo de quem morre vira santo. Você não foi tendencioso, você exerceu o seu direito de expor suas idéias como se escreveu tanto nos comentários:DIREITO A LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Parabéns Saldanã, estou com você.

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  9. Eu fui um dos que comprei a "versão do Boff/Pe.Piber" como original e equivocadamente te acusei de plágio [e aqui em seu blog], pelo que peço que aceite minhas desculpas...
    Só sigo achando curiosa a razão das [pequenas mas sensíveis] alterações que já havia percebido entre as duas versões e que vc tb já acusou. Mas enfim...coisas deste limbo de silício.

    Abraço e desculpe a gafe.

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  10. Olá! Republiquei seu texto em meu blog, com o devido crédito do link de sua página.
    http://perolices-gataria.blogspot.com.br/
    Se tiver algum problema, só me avisar.
    Amplexos.
    Ana

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